A estimativa é que sejam internalizadas 6.800 toneladas de alimentos hortifrúti e carnes de modo geral

A empresa deverá modernizar, manter e administrar o espaço, que é alvo de grandes expectativas dos produtores da região, enquanto canal impulsionador para o escoamento da produção agrícola do Agreste, já conhecido pela força do seu comércio. Outro aspecto importante, segundo o estudo, é o aumento no volume de mercadorias comercializadas. A estimativa é que sejam internalizadas 6.800 toneladas de alimentos hortifrúti e carnes de modo geral, mas com expectativa concreta de ampliação, visto que no município existem dois perímetros irrigados da Cohidro – Ribeira e Jacarecica I – que, juntos, já chegaram a produzir em média mais de 20 mil toneladas.
Segundo o governador Belivaldo Chagas, a Ceasa de Itabaiana resulta de um investimento de mais de R$ 30 milhões. “Os feirantes e clientes vão poder desfrutar de um espaço amplo e moderno para organizar os produtos e abastecer as feiras dos povoados e municípios próximos. Quando a empresa passar a administrar a Ceasa de Itabaiana, ela vai fazer investimentos de mais aproximadamente R$ 9 milhões de reais. A Ceasa impulsionará o comércio da região”, pontuou o governador. O administrador da Iconbras, Bruno Barreto, reconheceu a qualidade da estrutura que já está pronta no local. “A estrutura que existe na Ceasa de Itabaiana, hoje, é uma estrutura muito boa. É uma estrutura que, realmente, precisa somente ser adequada a algumas atividades. Por isso vamos fazer investimentos adicionais. E aí a gente vai aplicar também em toda a parte operacional”, afirmou.
Produtores e comerciantes se mostram confiantes. O produtor José Carlos Nascimento, vem de uma geração de pais irrigantes no perímetro Jacarecica I e reafirma a importância da Ceasa para quem planta. “Vai ter mais facilidade para comercializar nossa produção, com preços melhores para os feirantes de nossa região, evitando pagar frete para feiras distantes”, diz o produtor. O produtor José Wilson, que comercializa hortifrúti há mais de 15 anos no mercado de Itabaiana, conta que se apressou em fazer o cadastro para comercializar na Ceasa, porque vê vantagens no novo espaço.
“Sou comerciante de verduras no mercadão de Itabaiana, trabalho com uma variedade de hortaliças como repolho roxo e verde, acelga, berinjela, abobrinha, chuchu, pepino, pimentão. Acho que a Ceasa vai ser de grande vantagem pra nós, uma benfeitoria. Estive lá para conhecer e vi que vai ter agência bancária que ajudando na segurança, tem vigilante, tem espaço para descarregar o caminhão com facilidade, o ponto de venda é coberto e tem limpeza – tudo que não temos hoje. Porque quem trabalha aqui mercadão sabe que o espaço é pequeno, não tem como descarregar as mercadorias próximo, não tem segurança e comercializamos no meio da rua. Por todas essas vantagens que já fiz meu cadastro no CEASA e estou incentivando outros colegas a fazer o mesmo”, conta José Wilson.
A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) será a responsável por coordenar o processo de concessão de uso da CEASA Itabaiana, conforme decreto nº 40.516/2020. Segundo o dispositivo, a Seagri deverá fiscalizar, acompanhar, normatizar e gerir o contrato, cumprindo seu papel na operacionalização da atividade de escoamento de produtos agrícolas e de oferta de alimentos. O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, comemorou e destacou a relevância da concessão. “A população vai ter mais uma opção de aquisição de alimentos e por isso a gente espera que toda a Agricultura saia fortalecida desse processo. É motivo de comemoração também a criação de dezenas de empregos, diretos e indiretos, que a Central vai gerar na região e tem odo estado”, conclui André Bomfim, que realizou nova visita na Ceasa na última quinta-feira (06), para acompanhar de perto o andamento das atividades no local.









